terça-feira, 18 de janeiro de 2011

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Fémea Cantando
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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Pintassilgo

O Pintassilgo pertence a um grupo de pássaros de gaiola que está entre os mais conhecidos e desejados de todo o mundo. Ele se destaca pela melodia do canto, pela suavidade do temperamento e pela adaptabilidade à vida doméstica. Seu canto lembra muito o do Pintassilgo brasileiro; com gorjeios alegres e sonoros; cheio de vivacidade, ele está sempre saltitando na gaiola, enchendo de vida o ambiente onde for colocado e ao qual se adapta com facilidade e sem maiores exigências.
O Carduelis cucullata ficou conhecido pelo nome de Pintassilgo da Venezuela porque era abundante neste país, na região ao norte da Cordillera, e também porque porque a Venezuela foi o país que mais exportou estes Pintassilgos. Na natureza, é encontrado também no nordeste da Colômbia e em Trinidad, sendo que nesta ilha o registro de sua existência é bastante escasso. Ele habita regiões tropicais, de vegetação bem aberta, cobertas de capim e moitas de arbustos; na Venezuela, em regiões relativamente áridas, com altitude variável entre 300 e 400 metros.
Este pássaro tem cerca de dez centímetros de comprimento. O macho tem a cabeça, a garganta e a cauda pretas e asas também pretas com mancha vermelha. O restante do corpo é vermelho, exceto o centro do abdômen, que é branco. A fêmea tem cor geral marrom tingido de vermelho; lados da cabeça e garganta acinzentados; cinza-escuro na cauda e nas asas, estas com barras cor de laranja; lados do peito também cor de laranja e partes inferiores esbranquiçadas.
Um aspecto que o destaca, na Canaricultura, de outros Pintassilgos seus parentes é o fato de ele ser o introdutor do fator vermelho nas cores do Canário doméstico. Assim, ele também tem sido muito valorizado por criadores de canários que se utilizam do macho, fazendo acasalamentos com canárias para obter linhagens de canários “vermelhos”, que já há alguns anos dominam o mercado específico da Canaricultura (o Canário vermelho tem um fator genético para esta cor; mas ele só a mantém com uma alimentação à base de caroneto).
Também por este fato ele é um pássaro raro na natureza, devido à perseguição que lhe foi movida no passado. Entretanto, hoje existem leis severas de proteção, em particular na Venezuela, visando a assegurar a sobrevivência da espécie em liberdade. Além disso, em face da sua progressiva raridade, os criadores começaram a se interessar pela sua reprodução em cativeiro, já não só em cruzamentos com canárias, mas também com fêmeas de sua própria espécie. Assim, se ele vier a se extinguir na natureza, apesar das precauções tomadas, pelo menos continuará enfeitando as gaiolas dos criadores com sua cor rica e seu canto melodioso.


Dieta!
a alimentação básica é constituída por grãos (alpiste, painço, níger, colza) e verduras (couve, pepino, almeirão). Osso de siba pode ser oferecido em qualquer época do ano, e larvas de Tenébrio podem ser tentados no período de reprodução, para os filhotes, cuja alimentação normal deverá ser acrescida de papa de pão amanhecido com gema de ovo, ou gema de ovo passada na peneira com farinha de rosca. 

Planet Bird

Azulão







Acasalamento
Depois que a Azulona for galada, o criador pode tentar deixá-los juntos. Existem algumas fêmeas que permitem que os machos ajudem a criar os filhotes (e existem alguns machos que querem cuidar dos filhotes). Mas cuidado: não são todos os machos que querem ajudar a fêmea e nem todas as fêmeas que permitem que o macho as ajude. O criador deve deixar as gaiolas encostadas para ver se o macho dá comida no bico da fêmea. Se isso acontecer, o criador pode colocá-los em uma mesma gaiola (desde que haja espaço suficiente). Caso o acasalamento tenha sido feito em uma criadeira, o criador pode colocar a grade de separação depois que o macho galar a fêmea (para observar o comportamento de ambos). Caso eles se aceitem, o criador pode retirar a grade e deixá-los juntos.
Há um cuidado especial que o criador deve ter depois que a fêmea botar os ovos. Algumas delas podem ser muito fogosas e irão quebrar os ovos para poderem cruzar novamente com o macho. Também podem até matar os filhotes (caso os mesmos já tenham nascido). Nestes casos, o criador deve separá-los de forma que a fêmea não consiga mais escutar o canto do macho. Mas justiça seja feita: algumas fêmeas de Azulão são extremamente dóceis, podendo até mesmo ser utilizadas como amas-secas de outras espécies (notadamente do Curió e do Bicudo).
Se o criador costuma oferecer sementes ao seus Azulões, que ofereça também abundância de complementos durante a época de reprodução (como Milho-Verde, Jiló, Couve, Pepino, Farinhada, etc.) Caso ele esteja tratando seus Azulões com ração extrusada, basta fornecer a farinhada como complemento. O criador não precisa se preocupar em alimentar os filhotes (pois a fêmea irá fazê-lo). O passarinheiro só deve se preocupar com isso caso ele perceba que a fêmea (por alguma razão) não está dando comida aos ninhegos. Nestes casos, ele deve fornecer uma papinha para filhotes (comprada em casas especializadas ou sites de produtos para aves).


Separação
Depois que os filhotes nascerem, é necessário anilhá-los. O anilhamento deve ser feito no 5° dia de vida. Pássaros anilhados são sinal de respeito com a fauna. A anilha coloca o pássaro em conformidade com as leis do país, valoriza a ave e confere credibilidade ao criador. NUNCA COMPRE PÁSSAROS SEM ANILHAS !!!
Depois que os filhotes forem criados e tratados pelos pais (ou só pela mãe), é necessário um cuidado especial com os machos. As fêmeas podem ser mantidas juntas, em gaiolões maiores, com capacidade para mais aves até que chegue a temporada de reprodução. Mas os machos devem ser separados. Isso se deve pelo fato de o manejo do Azulão ser diferente do manejo de outras espécies. Há Azulões que podem se intimidar com o canto do pai. Nestes casos, o filhote pode ficar "corrido" do pai e não conseguir cantar enquanto estiver escutando o mesmo (veja o que é um Azulão Corrido no canal "Azulão Corrido").
A separação pode ser feita depois dos 40 dias de vida e os filhotes machos devem ser colocados em gaiolas individuais. Azulões não podem ficar olhando um para o outro sob risco de não cantarem mais (leia o canal "Azulão Corrido"). Azulões são pássaros extremamente territorialistas, então é impossível ter vários deles em um mesmo local. Fatalmente eles vão brigar e somente o líder irá cantar. Não se cria vários exemplares em um mesmo viveiro, sendo altamente recomendável criá-los separadamentes.


Azulão Corrido
Tem crescido muito no Brasil a procura por pássaros de fibra, para a participação em torneios. O Azulão é um pássaro de fibra, mas sua procura tem diminuido consideravelmente. A razão disto é que o Azulão é uma ave de manejo difícil no que toca a fibra. É por isso que os criadores têm procurado com maior intensidade os Trincas e os Coleiros. Os Azulões estão sendo desprezados porque "correm" com mais facilidade.
Há duas coisas que se deve explicar ao internauta antes de continuarmos falando sobre este assunto. Em primeiro lugar, devemos esclarecer o que é "fibra". Em segundo lugar, devemos explicar o que significa "correr".
Sobre a fibra: Trata-se da capacidade que o passarinho tem de cantar com valentia na presença de um outro macho (neste caso, o Azulão é um dos pássaros com maior senso territorialista). Mas pode acontecer de um pássaro ter mais fibra do que o outro. Isso significa que ele vai cantar até que o outro pássaro - intimidado - pare de cantar. Nestes casos, dizemos que o pássaro intimidado "correu" do pássaro que tinha mais fibra do que ele.
E é neste ponto que temos de fazer o segundo esclarecimento. Um pássaro corrido não é um pássaro que não irá mais cantar (ou que não tem mais condições de participar de rodas). Um pássaro corrido é uma ave que está com seu ego ferido. Talvez ele nunca mais consiga participar de rodas. Talvez ele fique intimidado somente por um tempo (voltando a ter fibra depois).
Mas há algo muito importante que deve ser destacado aqui. Um pássaro corrido QUASE SEMPRE canta normalmente quando está de volta à casa do seu criador. Ele volta a encontrar o ambiente em que está acostumado e sua cantoria não será interrompida. Por isso, não há razão para desespero se o seu Azulão "correr" de outro. Muitos passarinheiros têm medo de adquirir um Azulão porque acham que o pássaro nunca mais irá cantar se for derrotado em um desafio. Isso não é verdade. Há Azulões que podem recuperar sua fibra na semana seguinte.
É verdade que alguns Azulões podem nunca mais cantar na cara de um outro. Mas isso não deveria ser considerado o "fim do mundo" pelos criadores. Quem não gostaria de ter um belo macho de Azulão cantando em sua casa? Azulões corridos podem continuar sua vida normalmente se não forem novamente submetidos a desafios diante de outros machos. Será que o Azulão só serve se cantar na cara de outro macho? Será que ele não serve para oferecer sua bela cantoria ao seu dono? Os criadores mais apaixonados dizem que este pássaro nem precisaria cantar (tamanha a beleza que ele possui).
Mas vamos considerar que um Azulão seja colocado em um desafio e acabe ficando intimidado. As fórmulas e técnicas para recuperá-lo não são em nada diferentes das que os criadores utilizam para "esquentar" seus pássaros. A questão é que um Azulão intimidado requer mais paciência e amor da parte de seu dono (pois o tempo para sua recuperação pode ser longo).
O que fazer? A receita é simples:
1) Afastá-lo de outros machos (para que ele se sinta "o dono do pedaço"). Isso dará confiança ao pássaro e ele se sentirá mais à vontade para voltar a cantar.
2) Leva-lo a lugares interessantes, com árvores, água corrente e ruídos da natureza. Isso fará com que ele tenha vontade de soltar seu canto.
3) Banhos de água e de sol. Isso faz bem a qualquer pássaro, pois eles se divertem e ficam felizes. O banho irá "animar" o pássaro e ele pode se sentir incentivado a voltar a cantar. Mas cuidado: deixe-o no sol só por um tempo. Depois, devolva-o a um lugar com sombra.
4) Há que diga que um Azulão corrido só volta à velha forma com uma fêmea. Verdade ou não, temos de concordar: uma Azulona é uma excelente maneira de mexer com o brio do pássaro (para fazê-lo voltar a cantar normalmente).
Todas estas são dicas para tratar do Azulão que está "corrido". Pássaros não são descartáveis e não podemos desprezá-los por eles não mais atenderem aos nossos caprichos. Demonstre amor ao seu Azulão corrido e ele - no tempo certo - irá retribuir o carinho.
Há ainda algumas dicas para que o criador não sofra com este tipo de problema. Eis algumas delas:
1) Se você não tem interesse em participar de torneios, não mostre seu Azulão para outros machos. Se ele não tiver contato com outros machos as chances de ele ficar "corrido" são mínimas. Desta forma você sempre terá um Azulão que cante maravilhosamente bem na sua casa (ou em outros lugares) sem que ele nunca apresente problemas desta natureza. Mas tome cuidado quando for se aproximar da gaiola ou quando for fazer a manutenção da mesma, pois caso você seja muito agressivo ou agitado, o pássaro pode ficar com medo de você (e aí ele ficará corrido para o próprio criador). Faça sempre gestos suaves e leves perto da gaiola.
2) Tome cuidado para saber se seu pássaro é realmente um pássaro de fibra. Não mostre ele para outros machos antes de saber se ele vai "agüentar o tranco". Para isso, deixe seu pássaro escutando um outro macho a distância e observe o comportamento dele. Se você notar que ele continua cantando normalmente, aproxime o outro macho aos poucos (até que eles cantem lado a lado). Mas não deixe eles se verem, faça tudo de maneira que os pássaros só se escutem. Se você notar que eles cantam normalmente (mesmo com as gaiolas encostadas), então pode ser que eles consigam cantar "de cara" um para o outro. Neste caso, você terá que repetir todo o processo. Deixe os dois se vendo a uma distância considerável (de longe). Se você notar que eles continuam cantando normalmente (sem se intimidarem) então vá aproximando os dois aos poucos. Caso seus pássaros tenham fibra, eles irão cantar de frente para o outro (mesmo com as gaiolas próximas). Tome cuidado e observe atentamente o processo. Se você notar que um dos dois está ficando intimidado, interrompa o processo, pois o pássaro intimidado pode "correr" para o outro.
3) Por último; se você tiver um Azulão que tem fibra (comprovada e testada), não leve-o para encontrar com outro macho em épocas em que ele está frio e despreparado. Talvez você estrague a fibra do pássaro só pelo fato de ele ainda não estar preparado para aceitar um desafio. Caso seu Azulão tenha fibra, espere pela época certa do ano para colocá-lo em desafios (rodas ou badernas). Você irá perceber que a ave está preparada quando ele estiver cantando "estourado", quando estiver agitado na gaiola e quando estiver respondendo de imediato quando escutar outros pássaros cantando à distância. Ter uma fêmea em casa ajuda bastante.
- Coleiro.com

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Trinca-Ferro





O Trinca-Ferro é uma ave valente, territorialista, que gosta de disputas e que desperta um grande interesse nos passarinheiros do nosso país.


ALIMENTAÇÃO
Os Trinca Ferros são animais onívoros. Isso significa que seu aparelho digestivo está adaptadado para se alimentar com diferentes fontes (frutas, verduras, legumes, sementes e pequenos insetos). Há algumas maneiras principais de se alimentar um Trinca e nós vamos apresentá-las aqui.
RAÇÕES FARELADAS, SEMENTES, FRUTAS, LEGUMES E VERDURAS:
Até pouco tempo atrás, era o tipo de alimentação mais usado pelos trinqueiros. Estes produtos são facilmente encontrados em casas para animais e são compostos basicamente de 1) Farelos, 2) insetos e frutas ressecados e 3) Algumas sementes.
Caso o criador deseje utilizar as rações fareladas, ele deve complementar a alimentação do Trinca com frutas, verduras e legumes. Neste caso recomenda-se os seguintes itens:
Frutas: Maçã, Pêra, Banana, Melão, Manga, Kiwi, Goiaba. (ATENÇÃO: Cuidado com Laranja e Mamão, pois soltam o intestino do Trinca)
Legumes: Berinjela, Cenoura (Ralada), Beterraba (Ralada), Pepino, Chuchu, Jiló, Pimentão e Milho Verde;
Verduras: Sempre as verduras escuras: Escarola, Couve, Talo da Couve, Chicória e Repolho Roxo.
Para atender às necessidades de proteína do Trinca Ferro, o criador deve oferecer larvas de tenébrio e grilos ao pássaro. Estes insetos podem ser encontradas em sites especializados.
Caso o criador queira oferecer sementes ao Trinca Ferro, ele pode dar Alpiste, Paiço (comum, verde, vermelho e preto), Senha, Aveia, Arroz com Casca, Cânhamo e Girassol. Muita atenção para o seguinte: Cânhamo e o Girassol devem ser dados somente de vez em quando, em pequenas proporções, pois são sementes bastante oleosas. Se forem dadas com freqüência, deixarão a ave obesa e atacarão seu fígado. Arroz com casca pode ser deixado de lado, pois também não são muito boas para o fígado do Trinca.
A grande questão que envolve tudo isso é o equilíbrio nutricional. Caso seu Trinca Ferro goste de um destes itens, ele pode se alimentar exclusivamente deste seu alimento preferido (e deixar o resto de lado). Isso pode causar um desequilíbrio nutricional que pode, inclusive, levá-lo a adoecer.
Um outro problema ocasionado por esta alimentação tão diversificada é a manutenção destes itens: como todos estes alimentos são perecíveis, o criador terá de aumentar em muito seu cuidado (para que não se estraguem na gaiola).
Por último, há a questão dos agrotóxicos. Nós, seres humanos, não sentimos tanto os efeitos destes produtos, mas os pássaros tem um metabolismo muito diferente e seu tamanho é incomparavelmente menor que o nosso. Desta forma, as doses de agrotóxicos presentes nas frutas, verduras e legumes podem ser letais para as aves. O criador deve estar atento a isto.
RAÇÕES EXTRUSADAS:
As rações extrusadas são relativamente novas no mercado, mas seus benefícios já estão sendo relacionados pelos criadores. Vejamos alguns deles:
Com as extrusadas, o criador não precisa se preocupar com o equilíbrio nutricional do pássaro. Cada partícula de ração contém todos os elementos que a ave necessita para ter uma boa constituição alimentar. Mesmo que o pássaro faça seleção entre as cores da ração (ex: come as bolinhas "verdes" e deixa as "vermelhas" de lado), não haverá problema nenhum; pois os nutrientes presentes em cada uma das partículas são iguais.
Neste caso, o criador não deve fazer das frutas, legumes e verduras a base da constituição alimentar de seus Trincas (mas pode oferecê-los somente 2 ou 3 vezes por semana, para agradar ao pássaro).
Também com as extrusadas o ambiente do pássaro fica mais limpo, diminuindo as chances da ave contrair doenças. O criador não precisa dispensar o cuidado que teria de ser dado se estivesse oferecendo alimentos perecíveis diariamente.
Quanto ao transporte e a manutenção das rações, há mais benefícios. Elas são engarrafadas ou empacotadas dentro dos laboratórios fabricantes (o que diminui em muito o risco de qualquer tipo de contaminação).
Um dos problemas da utilização das rações é o seu preço. Por mais que elas sejam fabricadas por diferentes empresas (com diferentes preços) elas certamente são mais caras do que as frutas e sementes.
Uma outra dificuldade é o acesso: nem todas as cidades do Brasil contam com lojas e petshops que recebem estas rações. Também as empresas que vendem produtos para aves por internet não conseguem atender a todas as cidades do país.
Há ainda uma outra dificuldade: uma das grandes barreiras que os criadores encontram para utilizar as rações é mesmo a aderência por parte dos pássaros. Alguns dos pássaros têm muita dificuldade em pegar a ração (o que desanima seus donos, que acabam desistindo de utilizar as extrusadas).
De qualquer forma, quem for aderir à alimentação à base de rações extrusadas deve procurar as marcas Alcon (Ração "Alcon Club"), Megazoo (Ração "O-20") e Nutrópica (Ração "Pássaros Brasileiros"). Essas são marcas facilmente encontradas no mercado e que gozam de credibilidade.
UMA DICA SOBRE ALIMENTAÇÃO: Lembre-se de oferecer abundância de alimentos macios quando o Trinca estiver passando pelo período da muda de bico, pois ele não vai poder fazer força para quebrar e triturar alimentos.





REPRODUÇÃO
Os Trincas seguem o ritual de aproximação comum às outras aves. Trata-se de uma ave bastante territorialista, que não convive em grupos. Recomenda-se deixar macho e fêmea separados durante o ano (para juntá-los somente durante os períodos de acasalamento).
Muitos criadores tentam colocar macho e fêmea juntos quando chega a época da reprodução, mas assistem aos dois brigaraem (ao invés de verem a gala do macho sobre a fêmea). Isso pode acontecer porque não houve o devido "preparo" para a gala.
É necessário que o criador realize uma aproximação entre macho e fêmea, um "namoro". Neste namoro, recomenda-se deixar macho e fêmea se escutando, para que ouçam os ruídos e pialadas um do outro. A fêmea irá escutar o canto do macho e irá se sentir atraída.
Um ponto a se destacar é que macho e fêmea de Trinca Ferro se parecem bastante. Por isso, um macho pode pensar que a fêmea é um outro macho (e vice-versa). Isso pode fazê-los tornarem-se agressivos entre si. O "namoro" fará com que eles se reconheçam como sendo do sexo oposto (ficando assim mais abertos para um contato próximo).
Depois da aproximação, o criador pode deixar com que eles se vejam e fiquem um tempo com gaiolas próximas, uma ao lado da outra. Isso fará com que eles se acostumem com a presença um do outro antes que sejam colocados para acasalar. Quando a fêmea estiver abaixando ao ver o macho, é hora de juntá-los para a gala.
Depois da gala, o criador pode tentar deixá-los juntos. Existem algumas fêmeas que permitem que os machos ajudem a criar os filhotes (e existem alguns machos que querem cuidar dos filhotes). Mas cuidado: não são todos os machos que querem ajudar a fêmea e nem todas as fêmeas que permitem que o macho as ajude.
O criador deve deixar as gaiolas encostadas para ver se o macho dá comida no bico da fêmea. Se isso acontecer, o criador pode colocá-los em uma mesma gaiola (desde que haja espaço suficiente). Trincas são pássaros grandes e colocar dois deles em uma gaiola pequena é uma maldade.
O criador deve lembrar de colocar abundância de alimentos na gaiola da fêmea, pois só quando se sentir segura para cuidar dos filhotes ela aceitará a gala do macho. O passarinheiro também deve lembrar de colocar um ninho para a fêmea, pois ela também não aceitará a gala do macho se não tiver onde colocar os filhotes.
Quanto à criação dos ninhegos, o criador não precisa se preocupar em alimentá-los (pois a fêmea irá fazê-lo). O passarinheiro só deve se preocupar com isso caso ele perceba que a fêmea (por alguma razão) não está dando comida a eles. Nestes casos, ele deve fornecer uma papinha para filhotes (comprada em casas especializadas ou sites de produtos para aves).


DOENÇAS
Há uma consideração a ser feita antes de falarmos sobre as doenças do Trinca Ferro. A melhor opção quando um criador tem uma ave doente é procurar um veterinário. A observação do especialista supera (em muito) os palpites dados na internet sobre as formas de se tratar um pássaro. Falaremos aqui um pouco sobre as doenças que acometem o Trinca Ferro, mas a solução para todas elas deve ser dada em consulta, com atendimento específico.
PEVIDE (ou PIVITE):
Trata-se de uma doença que prejudica de maneira especial os Trincas. A Pevide é uma inflamação na língua do Trinca Ferro. Cria-se uma crosta na língua que impede o pássaro de se alimentar direito. Com o tempo ele irá ter deficiências alimentares e sua saúde estará comprometida (podendo levá-lo à morte).
Já de início é bom avisar: não adianta simplesmente arrancar a crosta, pois a Pevide é somente um sintoma de uma doença causada por um parasita que fica instalado no aparelho respiratório do animal. A Pevide é a "ponta do iceberg".
Muitos criadores explicam que "curaram" a Pevide de seus Trincas arrancando a ponta da língua dos mesmos. Isso é uma ignorância sem tamanho, que deve ser abolida entre os trinqueiros. Submeter o animal a esta mutilação é um desconhecimento generalizado (e uma maneira de fazer a ave sofrer).
Recomenda-se levar o animal a um veterinário especializado em aves silvestres, para que possa diagnosticar, de fato, a Pevide. O especialista irá prescrever polivitamínicos para que o pássaro seja suprido em suas necessidades nutricionais (uma vez que o Trinca acometido de Pevide tem dificuldades em se alimentar). Depois, o veterinário irá prescrever um tratamento com vermífugo. Este tratamento (de vermifugação) irá acontecer de maneira gradativa, pois há risco de vida para o Trinca se o verme morrer dentro de seu aparelho respiratório.
Por último (depois de tratada a origem do problema) o criador irá se preocupar em - finalmente - arrancar a Pevide. A retirada da Pevide em hora errada pode acarretar em sangramento e dor forte. Já a retirada no momento certo (por pessoa experiente) será simples e indolor. Este procedimento (de retirada da Pevide) pode ser feito por um criador que já tenha feito isso em ocasiões anteriores. O momento bom para a retirada da crosta é quando a língua do Trinca estiver com coloração amarelada. Esta é a hora de realizar o procedimento.
Depois que a Pevide for retirada, o criador deve permanecer oferecendo abundância de alimentos macios ao seu pássaro. Também é importante que ele receba uma dieta rica em proteínas (ex: larvas de tenébrio, grilos e farinhadas com ovo).

ROUQUIDÃO:
Outro problema que acomete os Trinca Ferros é a rouquidão. Ela pode acontecer por algumas diferentes razões e o tratamento para cada uma delas é bastante diferente.
Pode ser que o Trinca Ferro esteja rouco por ter pego um resfriado. Gaiolas que ficam em lugares com corrente de vento podem fazer com que a ave fique resfriada. Mudanças bruscas de ambiente (tirar o Trinca de casa em um dia frio) também podem causar o mesmo efeito. Este tipo de rouquidão pode ser tratada de maneira mais simples, com produtos naturais e uma atenção especial para o local onde a ave irá se recuperar. Recomenda-se encapar o Trinca, mantê-lo em um lugar aquecido e oferecer chá de Romã na água de beber.
Mas o Trinca Ferro pode ficar rouco por causa de parasitas. Estes vermes ficam instalados no aparelho respiratório da ave, impedindo ela de respirar e cantar direito. Neste caso, recomenda-se levar a ave a um veterinário, para que ele possa diagnosticar, de fato, a origem da enfermidade. Caso queira correr o risco de realizar um tratamento particular (sem supervisão médica) o criador pode adquirir produtos como Tylotrat, Nalyt, Tylan, Allax ou Ivomec. No caso, o passarinheiro terá de optar por um dos medicamentos citados; deverá observar as informações de bula e seguir as orientações da mesma.
OBESIDADE:
Trincas ficam gordos quando não tem espaço suficiente para se exercitarem ou quando ingerem alimento em excesso (ou alimentos gordurosos em grandes quantidades). Nestes casos, recomeda-se oferecer uma gaiola maior ao Trinca Ferro (ou colocá-lo em uma voadeira ou em um viveiro).
Muitos criadores mantém seus Trincas em gaiolas com as mesmas medidas das gaiolas de torneios. Como já destacado no canal "Gaiolas", este espaço não é suficiente para a vida diária do animal. São boas para torneios porque seu tamanho diminuto permite um contato visual constante com as aves adversárias; mas são muito pequenas para servirem de moradia do pássaro.
O criador também deve ter uma atenção especial para com a alimentação do Trinca Ferro. Recomenda-se utilizar as Rações Extrusadas (por serem naturalmente equilibradas) e oferecer farinhadas somente em um dia da semana (pois as mesmas ingeridas em excesso podem deixar a ave gorda).

OUTRAS DICAS :
Há muitos outros sintomas que indicam que uma ave está doente. Para isso, o criador deverá observar suas aves constantemente. O melhor preventivo é o olho do dono! Veja alguns sintomas que devem deixá-lo em sinal de alerta e procure por um veterinário se observar algum deles em seus pássaros.
- Pássaro quieto, sem disposição, em um canto da gaiola ou no fundo da mesma.
- Pássaro que não come
- Pássaro que bebe muita água
- Pássaro que está muito magro
- Pássaro que passa o dia respirando com o bico aberto
- Pássaro que emite chiados enquanto respira
- Pássaro que sempre dorme apoiado nas duas pernas
Observando suas aves todos os dias você pode notar comportamentos estranhos e evitar que muitas das doenças de agravem.

Fonte: coleiro.com, google imagens.

Canário da Terra






O Canário da Terra é um dos pássaros mais queridos da nossa fauna. Os anos passam e ele continua sendo um dos preferidos entre os passarinheiros do nosso Brasil. Este se propõe a ser um canal dedicado ao Canário da Terra; esta ave valente e de canto agradável. Por ser um pássaro especial, o Canário da Terra também merece nossa atenção especial. Aproveite sua visita, recomende o site aos seus amigos e mande sua opinião para que o conteúdo fique cada vez mais completo. Quanto mais trabalharmos pelo Canário da Terra, mais valorizada será esta ave e mais respeitada ela será pelos amantes da nossa fauna.





O canário-da-terra-verdadeiro ou canário-da-terra (Sicalis flaveola) é uma espécie de ave da família Emberizidae. Originário da América do Sul, é encontrado na Colombia, Equador, Venezuela, Peru, Brasil e Argentina. No Brasil, podemos o encontrar no Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Ceará, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná , Mato Grosso e Goiás.
Os filhotes são da cor cinzenta ou parda , independente do sexo. Quando adultos, os machos têm cor predominante amarela, principalmente na cabeça com tons avermelhados, e as fêmeas tomam um tom pardo ou amarelo misto com estrias escuras. Os machos podem brigar entre si por fêmeas – que normalmente atiçam as brigas – até à fuga de um dos canários. Tanto os machos quanto as fêmeas cantam, sendo que as últimas alcançam menor diapasão. A alimentação é tipicamente constituída de sementes (como alpiste) e vegetais folhosos. Alcançam um tamanho de 13,5 centímetros.



O canário-da-terra faz ninho, na natureza, em cavidades, chegando a utilizar frequentemente, ninhos abandonados de joão-de-barro, assim como crânios de gado dispostos para tal em estacas. Há referências a ninhos colocados no telhado das casas. São muito agressivos na defesa do ninho, chegando a atacar aves maiores que dele se aproximem. Em cativeiro, muitas vezes reproduzem-se em gaiolas de 70x40x30 cm, com uma caixa para ninho com 15 cm de lado e que tenha um furo para entrada. Normalmente, podem ser utilizados sacos de estopa cortados e desfiados para que a fêmea confeccione o ninho.
É um passáro muito utilizado em rinhas de briga, onde as lutas podem durar até 25 minutos sem intervalos, é uma pratica ilegal e cruel.
Por ser um pássaro nativo do Brasil, é necessária uma licença do IBAMA para a criação em cativeiro.
Na América do Sul existe uma sub-espécie do canário da terra conhecida como Valida.

Fonte: Canáriodaterra.com, Wikipédia, Imagens Google.

Coleiro Baiano (Papa-Capim)





          O Coleiro Baiano é um pássaro da espécie dos Sporophilas (mesma família do Coleiro Comum), mas há que tenha um carinho especial por este pássaro (por isso nós montamos um canal especial para ele). Ele é o Sporophila Nigricollis e está colecionando admiradores por todo o Brasil.


 



Identificação: o gênero Sporophila compreende mais de 25 espécies em nosso país. Estas espécies são conhecidas popularmente como “papa-capins”. As fêmeas da maioria destas espécies são pardas e praticamente impossíveis de serem distinguidas. Já os machos apresentam padrões de coloração mais típicos. O coleiro-baiano se diferencia de todas as outras espécies do gênero pela região negra que vai desde o peito até a face e pelas partes superiores marrom escuras. Só a região da barriga é clara.
De hábitos muito semelhantes aos dos outros papa-capins (ver Sporophila lineola e S. caerulescens neste site), com os quais chega a formar bandos mistos fora da época reprodutiva, o coleiro-baiano, também é chamado de coleirinho-macaco ou papa-capim-de-peito-preto. O nome “baiano” não é muito apropriado, já que esta espécie se distribui pela maior parte dos estados brasileiros e até mesmo outros países, não só na Bahia como o nome indica. Por outro lado é fato que esta espécie é muito comum na Bahia e nos estados fronteiriços.
Não costuma chegar tão perto de áreas urbanas quanto o coleirinho ou o bigodinho, mas pode ser comum em fazendas.
Não é o papa-capim mais popular quando o assunto é criação de aves em cativeiro, mas há criadores que apreciam muito esta espécie.
Seu canto lembra o do coleirinho, porém é menos melodioso.
Na época da reprodução o casal se isola do grupo. O ninho é uma tigela rasa feita de gramíneas. A fêmea põe dois ou três ovos.

Fonte: Coleiro.com, blogspot coleiro baiano.










Curió

          O curió (Oryzoborus angolensis) é uma ave passeriforme da família Emberizidae, nativa do Brasil e muito apreciada pelo seu canto. Mede cerca de 15 cm, sendo que o macho é preto na parte superior do corpo e castanho-avermelhado na parte inferior, sendo a parte interna das asas na cor branca. Criado em cativeiro, presta-se a torneios de canto.
Os seus habitats naturais são: florestas subtropicais ou tropicais húmidas de baixa altitude e florestas secundárias altamente degradadas.
Pode ser encontrada nos seguintes países: Argentina, Belize, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guiana Francesa, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Trinidad e Tobago e Venezuela.
          Os Curiós também são muito apreciados no Brasil como ave de estimação.


 Nome: Curió

Outro Nome: Avinhado

Nome Científico: Oryzoborus angolensis

Significado do Nome: Curió significa na linguagem indígena "Amigo do homem".

Ordem: Passeriformes

Família: Fringílidas

Nome em Inglês: Thick-billed (Lesser) Seed Finch

Nome em Espanhol: Semillero Picogueso

ALimentação no Habitat Natural: Alimenta-se basicamente de alguns insetos, várias sementes com exclusividade na semente do capim navalha.

Cor: marrom quando novo. Depois de completar 420 dias suas penas ficam pretas com apenas uma pequena mancha branca na asa e sua barriga e peito fica na cor vinho, a fêmea é marrom com um tom mais claro no peito mesmo quando adulta.

Localização: Todo o Brasil e alguns lugares da América do Sul. Habita as regiões litorâneas brasileiras e principalmente o litoral paulista.

Tempo de Vida: 30 anos no cativeiro (se bem cuidado) e de 8 a 10 anos na vida selvagem.

Tamanho: 14 cm.

Época de Acasalamento: Ocorre no mês de agosto até o fim de março.

Fêmea - Início do Perído Fértil: 6 meses a 1 ano.

Período de Incubação: 12 dias.

Números de Ovos: De 1 a 3 ovos por ninhada.

Muda (Troca de Penas): Acontece entre março e junho.
O nome Curió na língua tupi guarani significa "Amigo do Homem", pois este pássaro gostava de viver perto da aldeia dos índios. Esta característica de se aproximar do ser humano, a sua elegância, a enorme capacidade de disputar pelo canto quem é o dominador do território, e a enorme qualidade de seu canto, fez do curió um amigo muito estimado entre os criadores e amantes de pássaros em geral. O bicudo (oryzoborus maximiliani) é um parente muito próximo do curió e também excelente cantor, só que um pouco maior e é todo preto e com a mesma mancha branca na asa. O canto de curiós e bicudos é tão apreciado que, nos concursos, essas qualidades são muito importantes.

O Curió aprende a cantar desde pequeno com o pai, porém, os aconselham que os filhotes ouçam o canto do pai, somente se este canto for perfeito. As aves emitem sons que podem exprimir alegria, tristeza, aviso de alerta, dentre outros. Há uma grande variedade de cantos, e varia de região para região, havendo casos de pássaros que emitem até 40 assobios diferentes.

No Brasil já foram encontrados mais de 128 cantos diferentes e, os mais conhecidos são: Praia Grande (é o som que você ouve nesta página), Paracambi, Uberaba, Vi te teu, Mateiro (que é o natural do pássaro). Quanto a repetição pode ser curto (de 1 a 4) ou longo (mais de 5). O canto mais difundido por todo o Brasil é o chamado Praia Grande. Esse canto é originário das praias paulistas e, atualmente, está extinto na natureza, ou seja, os pássaros selvagens não mais o emitem. Por isso, a preocupação dos criadores de todo Brasil é que seja mantido, em cativeiro, esse tipo de canto.

O curió além de excelente cantor é um imitador nato, por isso, não é aconselhável criá-lo com outras espécies de pássaros, porque ele aprenderá facilmente o canto delas, perdendo assim a pureza de suas notas musicais características. O melhor tempo para o curió aprender a cantar é quando novo , ainda com 3 meses. Colocando o pássaro para escutar o canto de fita, CD ou de um mestre (pássaro do plantel que tem o melhor canto), mas também pode aprender depois de velho se ele for cabeça mole (nome dado pelos criadores, um curió que ao escutar um canto diferente do seu troca de canto). Você pode encontrar cd contendo gravações de canto de curió, especiais para o treinamento de filhotes e aperfeiçoamento do canto de curiós adultos. Para conseguir informações de como obter esses cd's consulte as Associações de Criadores.









QUALIDADE NA CRIAÇÃO DE CURIÓS:
O Curió, também conhecido como avinhado e papa-arroz é nativo do Brasil, também podem ser encontrados exemplares na Bolívia, Paraguai e outros países da América do Sul, sempre a partir de aves que emigram daqui para lá. Existem parentes próximos do nosso Curió na Nigéria (África) e na Califórnia (EUA) porém diferem do nosso em plumagem e canto.

O CANTO:

No Brasil foram encontrados 128 tipos diferentes de canto de Curió, normalmente caracterizados por serem oriundos de determinadas regiões do País. Os cantos de Curió que foram sendo mais conhecidos e difundidos foram os que possuíam a qualidade diferenciada da repetição.

CANTOS REGIONAIS MAIS CONHECIDOS:
VITEU (Bahia) - VI VI TE TEU (Pernambuco) - VOVO YIVIU (Alagoas) - PARACAMBI (Rio de Janeiro) - CATARINA (Santa Catarina) - TIMBIRA (Maranhão) - PRAIA GRANDE (Litoral de São Paulo)
RECOMENDAÇÕES:
A criação de curiós de alta qualidade pressupõe 3 componentes básicos:
1.GENÉTICA/ origem das matrizes
2.PROCESSO DE CRIAÇÃO/ manejo voltado para o canto
3.PROCESSO DE EDUCAÇÃO

1. GENÉTICA
Prefira casais que já tenham produzido bons resultados ou que pelo menos sejam descendentes, ascendentes, irmãos ou irmãs de Curiós que tenham se destacado. Após longos estudos e anos de prática na criação de curió, cheguei a seguinte conclusão, é impossível criar um curió campeão sem um estudo profundo de sua: genética, fenótipo e comportamento, pois é, só assim que conseguimos traçar mapas de reprodução.

Em minha criação, consegui fazer o mapeamento genético de todas as matrizes, e assim, tornado menos árdua a difícil escolha  de com que macho cobri-las, ainda não definimos quais são os  genes ligados à voz, e a repetição, mas estamos cada vez mais perto.

Comece com bases sólidas, só assim, no decorrer dos anos você terá uma linhagem definida, não obstante casais que não tenham nenhum padrão genético reproduzam bons filhotes, isto é exceção!

O Curió aprende a cantar após o nascimento, ou seja o tipo de canto do Curió NÃO é passado geneticamente. Assim filho de um excelente Curió pode aprender a cantar um canto defeituoso, bem como o filho de um Curió com canto defeituoso pode aprender a cantar com perfeição desde que, ele nunca ouça o pai nem qualquer outro canto defeituoso, nem sequer por 5 minutos. Lembre-se que os pássaros ouvem cerca de 10 vezes mais do que nós, e, dependendo do local, são capazes de ouvir outro curió à 100 metros de distância ou até mais, por isso os cuidados no local de criação são muitos.

2. PROCESSO DE CRIAÇÃ
No MÍNIMO 60% da responsabilidade no sucesso da formação de um Curió de alta qualidade depende do CRIADOR, entre outros motivos porque cientificamente as bases do futuro canto são aprendidas principalmente entre o terceiro e o décimo sétimo dia de vida. Os 40% restante divide-se em genética e saúde.Nesta fase, ouvir as fêmeas solteiras, outros filhotes, pequenos defeitos em qualquer cantada do pai ou qualquer outro Curió, mesmo que, ao mesmo tempo esteja ouvindo a fita ou disco ou CD para o aprendizado, poderá influenciar o filhote de forma negativa e irreversível por toda vida. Quem quiser criar Curiós de alta qualidade deve contar com 4 ambientes suficientemente distantes ou isolados acusticamente:
  • Um ambiente para o macho galador (o macho só deve ser trazido para galar as fêmeas mesmo que seu canto seja perfeito).
  • Outro ambiente paras as fêmeas solteiras (sabe-se que muitas fêmeas não galadas cantam e mesmo as que parecem não cantar, costumam faze-lo bem cedinho, pouco antes de amanhecer), pois o canto das fêmeas poderá afetar o canto do filhote.
  • Outro ambiente onde ficarão as fêmeas galadas, chocando e criando os filhotes.
  • Outro ambiente para os filhotes “desmamados”.
ALIMENTAÇÃO DOS FILHOTES
Não se usa mais alimentar os filhotes com larvas, aranhas, cupins, etc. para facilitar a vida do criador e melhorar à saúde dos filhotes utiliza-se a ração própria para Curiós, que é vendida a preço acessível em baldes, próprios para criadores. As fêmeas poderão ser acostumadas com esta alimentação após a mudas de penas, suspendendo qualquer outra alimentação e misturado a gema de ovo ralada à ração para que fique mais úmida e mais ao gosto das fêmeas. Os filhotes do próximo ano e portanto as novas fêmeas já nascerão habituadas à nova alimentação que deverá ser oferecidas com mais uma opção à todos os Curiós.

COMO MELHORAR A SAÚDE E A RESISTÊNCIA DAS FÊMEAS
Em maio/junho, após terminarem a muda de penas, as fêmeas poderão ser soltas, todas juntas, num grande viveiro, parcialmente coberto ou que possa ser coberto todas as noites para que fiquem expostas às variações da natureza tais como: sol, chuva, vento, calor, etc.…Isto reativará ou aumentará a resistência natural das fêmeas, fortalecendo-as para o próximo período de postura e parte desta melhora na saúde, será transmitida geneticamente para os filhotes.

VALORIZAÇÃO DOS FILHOTES
QUANTO AO PAI: Como a preferência dos curiozeiros mais e mais tem sido por Curiós repetidores e acreditando-se que a característica de repetição é transmitida geneticamente pelos machos adultos, parece lógico que o criador deve preferencialmente possuir um macho galador REPETIDOR, mesmo que o canto seja de baixa qualidade (lembre-se que o macho só deve ser trazido para o ambiente das fêmeas para galar e após levado para a outra casa distante o suficiente para NUNCA ser ouvidos pelos filhotes). É interessante para o criador que o macho galador tenham mais de 4 anos de idade.

QUANTO À MÃE: é interessante o criador possuir fêmeas de origem e genética comprovadas de repetição e nunca fêmeas silvestres  (cada macho normalmente tem condições de acasalar-se com até 15 ou 20 fêmeas) que:
  • Sejam mães de curiós com ótimas voz e preferencialmente também repetidoras.
  • Irmãs ou filhas de curiós repetidores e com ótima voz.
  • Netas ou bisnetas, avós, bisavós e outros graus de parentesco de curiós repetidores e com ótima voz.
  • Hoje, em  nossa  criação já podemos oferecer o mapa genético de nossas matrizes e filhotes, assim como, a sexagem via DNA, garantindo uma compra segura. Criadores Reunidos  Dois Irmãos/ Criadouro Comercial de curió e bicudo
OBS: Alguns criadores experientes anualmente adquirem machos e fêmeas de outros criadores, a fim de, aprimorar sua genética e evitar a consangüinidade.

A FITA, CD OU DISCO
Todo criador deve tocar a fita, CD ou disco da modalidade de canto de sua preferência. Também é imprescindível o aparelho de som estar conectado com um TIMER possibilitando um melhor controle do tempo de funcionamento do aparelho e evitando, assim o Strees do som intermitente e preservando a vida útil do aparelho. Lembre-se que quando entramos em um local com som ambiente, à princípio percebemos o som e após algum tempo, não notamos mais. O tempo de silêncio serve para que o Curió volte a perceber o canto quando a fita voltar a tocar. Para diminuir a possibilidade dos Curiós ouvirem algum outro canto que lhes estrague o aprendizado, recomenda-se que se ouça rádio, TV ou qualquer outro som ininterruptamente, de manhã até à noite.

Tudo isto também vale para os educadores do filhote e deverá ser usado por toda a sua vida, para que queiram MANTER UM CURIÓ DE QUALIDADE. Procure informações com grandes criadores de curiós de canto, pois eles tem montagens de canto próprio para ensinar os filhotes. Evite as fitas comercias, elas voltadas são para divulgação do canto e não para aprendizagem dos filhotes. Caso a pessoa possua um curió mestre, o desgaste no aprendizado dos filhotes será bem menor, pois o filhote sempre dá preferência a um canto ao vivo e original do que a um som gravado. Deve-se deixar o mestre cantar para o filhote e nunca o filhote cantar para o mestre, cuidado para sobrecarregar o mestre com muitos filhotes.

3.PROCESSO DE EDUCAÇÃO DOS FILHOTES
São 3 os estágios de aprendizado:
1.Engriza ou churria
2.Marcar notas
3.Assobia

Tão logo o filhote aprenda comer sozinho, ele dever ser colocado na sua gaiola (preferia gaiola núm. 5, que possibilita ao pássaro mais espaço para voar e não apenas pular com nas gaiolas menores, facilitando a capacidade pulmonar e portanto de CANTAR e REPETIR) e levado para um ambiente onde ouça unicamente a fita, Cd ou disco (lembre-se que dificilmente encontramos um MESTRE que vez por outra não apresente alguma falha e, como as crianças, o Curió aprenderá mais facilmente as “besteiras”).
Recomenda-se nos primeiros 30 dias após o “desmame” ou até comerem a marcar notas, tocar de 30 em 30 minutas a fita, CD ou disco ,  sem repetição facilitando assim o aprendizado do BÊABA do canto Praia Clássico. Quando ele começar a marcar notas (uma espécie de churriado porém com “altos” e “baixos”) pode-se ficar à distância ou gravar a marcação de notas dele para depois ouvir, analisar e tentar detectar quais as NOTAS que faltam. Lembre-se que ele deve aprender as 7 NOTAS do canto Praia, mesmo que elas estejam fora da seqüência correta. Caso falte alguma nota, o EDUCADOR deve providenciar uma fita especial que dê ênfase à nota que falta e tocá-la alguns dias, apenas o suficiente para ele aprender e incluir a nota que falta, o que normalmente ocorre no máximo em 25 dias.

Logo após, esta fita especial e específica para este aprendizado NÃO deve ser mais utilizada, para que o curió não aprenda a cantar dando ênfase em uma determinada nota. Caso o educador tenha mais pardos, o filhote que começar a marcar nota deve ser deixado longe dos demais que ainda estão churriando, porque senão os demais “amarrarão” a sua evolução. Isto se deve ao fato  de que todos os Curiós tende à ir para o canto mais fácil e neste caso, permanecer churriando, é mais fácil do que marcar notas.

O Curió deve ser mantido no seu “prego” até a MUDA DE NINHO, que ocorre por volta dos 4 meses de vida.

Neste período ele não deve ser tirado de casa, nem colocado na janela, nem estimulado a cantar, nem passear de carro nem mesmo para mostra suas qualidades para os amigos. ESTE É UM PERÍODO CRÍTICO DE APRENDIZADO e, mesmo colocá-lo na janela de casa pode estimulá-lo a cantar muito cedo e portanto facilitando a IMPERFEIÇÃO.

Também NÃO se deve usar a CAPA para calar o Curió, basta usar o controle das cortinas de casa para mantê-lo em local não muito escuro, nem muito iluminado. Lembre-se que o Curió muito “churrizador” normalmente tem mais dificuldade em aprender canto, portanto não se preocupe se o seu filhote não estiver churriando muito.

AMBIENTE
Não é recomendável deixar o Curió em cozinhas, banheiros ou outros locais revestido com azulejos porque tenderão a cantar com voz metalizada e/ou estridente, devido as característica de não absorção do som e produção do eco. Devemos também preferir ambientes com móveis, cortinas, tapetes etc.… que “suavizarão” o som ouvido e portanto aprendido pelo Curió.

Como o som se propaga de baixo para cima (note que se ouve muito mais os sons do apartamento abaixo do seu do que está acima do seu), ricocheteando nas paredes. É recomendável que as caixas acústicas estejam o mais próximo possível do piso (no máximo à 50 cm do chão) e o alto falante NÃO deve ser direcionado diretamente para gaiola.

Quanto ao volume (altura) do som, recomendo que esteja cerca de um terço do volume normal que um Curió mestre estaria cantando. O ambiente deverá possibilitar ainda que o Curió acorde e adormeça nos horários da natureza (não é bom fazer o Curió dormir após o anoitecer ou deixá-lo em local onde haja TV ligada, pessoas falando e etc.…)
Uma célula fotossensora no aparelho de som é muito útil. Porque o Curió acorda ao amanhecer, o som automaticamente será ligado e ao contrário se desligará ao anoitecer , quando o pássaro for dormir.

Alguns curiozeiros, acreditando que o curió aprende o canto também pelo seu inconsciente instalam também no aparelho de som um “TIMER DE PINO”, destes usados para acender e apagar  as luzes automaticamente, e programam 30 minutos de canto que são tocadas por exemplos entre 2:30 e 3:00 da manhã ou qualquer outro horário em que as pessoas da casa já estejam dormindo e não tenham o seu sono incomodado.

MUDA DE PARDO
Após cerca de 4 meses a partir do seu nascimento, o filhote fará uma muda rápida de penas que chamamos MUDA DE PARDO. As mudas de penas anuais ocorrerão então mais ou menos 12 meses à partir desta muda de pardo. Após a muda de pardo, o Curió deverá ser colocado na VOADEIRA por 20 dias, para que possa voltar ao seu estado atlético, já que na muda o curió passa por um processo de letargia e após este período levá-lo para passear. Se não for possível levá-lo passear, deixá-lo dentro do carro por algum tempo ajudará no seu desenvolvimento (não esqueça de deixá-lo à sombra e com boa ventilação). Quanto mais se “mexer”com o Curió, mudando-o constantemente de um ambiente para outro, melhor.

CURIÓ PRETO
Após ficar completamente preto, o Curió poderá ao melhorar significativamente o seu canto e mesmo assim, tendo aprendido um canto eletronicamente, ele poderá a perder gradualmente algumas notas do seu canto.

Infelizmente não é verdade a afirmação de que “ na muda de pena vou melhorar o canto do meu curió” porque, se depois de preto já tem uma imensa dificuldade para melhorar o canto, o Curió aprende canto demandando, ou seja, cantando e ouvindo outro Curió. O problema é que entre 2 Curiós demandando, o que possuir canto melhor (e portanto mais difícil) tenderá a “copiar” o canto do outro Curió, pois é mais fácil para ele cantar.

CURIÓS PRETOS QUE “PERDERAM” NOTAS
Alguns Curiós que cantavam o canto completo e que “perderam” alguma nota foram recuperados da seguinte forma:
  • Colocar junto da sua gaiola uma outra gaiola com uma fêmea.
  • Aumentar o volume da fita, CD ou disco, porque quando o curió está “quente” ele presta muito mais atenção à fita.
  • Após 2/3 dias, separá-los novamente.
  • Com a separação, o curió ficará extremamente nervoso e provavelmente cantará “errado” por3 / 4 dias. Não se preocupe porque depois, gradualmente ele se acalma e AS VEZES volta à cantar COMPLETO, inclusive com a nota que havia sido desaprendida.
QUANDO FOR TROCADA A FITA
Por diversas razões, às vezes o curiozeiros pode querer trocar a fita, se após a mudança, o curió começar a “cortar” o canto e continuar assim até o 2/3 dia, deve-se voltar a fita anterior porque, por alguma razão, o curió não aceitou a nova fita.

GRAVANDO O PRÓPRIO CURIÓ PARA ELE MESMO OUVIR
Por alguma razão, ainda não compreendida por nós, TODAS as tentativas de gravar o canto determinado curió para ele mesmo ouvir, tem sido DESASTROSAS. Mesmo quando canta perfeito, o curió ao ouvir uma fita dele próprio, vai perdendo gradualmente a qualidade do seu canto porem, a fita do canto de seu curió poderá ser tocada para ensinar outro curió e Ter o mesmo efeito das fitas comerciais ou até melhor tudo depende da qualidade do canto de seu curió assim como da gravação (consulte um juiz de canto).

Quem estiver atento, perceberá que muitos curiozeiros mantém SÁBIAS cantando junto com seu Curió. 
LEMBRETE: quem quiser manter curiós com qualidade de canto NÃO deve ter outros pássaros, à exceção da sabiá.

APARELHO RESPIRATÓRIO
O Curió possui 9 sacos aéreos que devem ser constantemente exercitados. Por isso quando um Curió manso fica voando de um lado para outro na gaiola, parecendo assustado, ele está na verdade tentando não atrofiar a sua capacidade de voar e todas as funções ligadas aos 9 sacos aéreos, que incluem a capacidade de respirar e de cantar.

Assim sendo, recomendo colocar o curió em uma VOADERIA (espécie de gaiolão de criação, porém com a parte superior abaulada) logo após completarem a muda de penas e deixar ali até o início da época dos torneios. No início deste processo, é infelizmente normal que o curió não consiga voar mas, tão logo ele readquira esta capacidade, convém deixá-lo na voadeira apenas com dois poleiros, um em cima com comida e outro embaixo com a água, para  forçá-lo a exercitar vôo. São conhecidos casos onde curiós que foram repetidores e deixaram de repetir, readquiriram esta qualidade quando exercitados na voadeira por um período compatível como tempo que ficaram digamos “atrofiados”. O curió aspira nos QUIM QUIM e expira nas batidas de praia TUÉ TUÉ. Por isso quanto mais batidas de praia um curió emitir, melhor a sua capacidade pulmonar.

Fontes: Wikipédia, Curió Praia Clássico, Bicho Online.